sábado, 1 de outubro de 2016

MANIPULAÇÃO ELEITORAL: SE PESQUISA FOSSE REALIDADE SERIA ‘CENSO ELEITORAL’

                As pesquisas tem se transformado em ‘cavalos de tróia’ eleitorais pois influenciam a população e acabam manipulando o resultado do pleito. Isso é um fato pois todos acabam apostando numa candidatura com possibilidade de ganhar sem necessariamente perceber que o mais importante é o programa, a história, a orientação ideológica e caráter do candidato. Esse é mais um arranhão da nossa tosca democracia na qual os mesmos que estão no poder se beneficiam das condições sem necessariamente ganhar votos.
                Conforme aponta Marcio Ferreira Neto, especialista em Matemática e Estatística, é preciso distinguir cada uma das formas de levantamento de dados sociais. Ele afirma: “Têm-se três processos para conhecer essa “realidade”: 1- Censo ou recenseamento é o processo de coleta de informações e dados em que todo o universo (população) é pesquisado - censo é o estudo envolvendo todos os elementos da população, isto é, todos os elementos da população são estudados, um a um. O censo só termina quando todo o universo for totalmente abrangido. Por meio do censo se determina o valor exato de cada parâmetro da população; 2- Levantamento é parecido com o censo, mas é realizado em um subconjunto do universo, chamado de partição, “escolhido”, segundo informações anteriores que indicam que aquele subconjunto é bastante “representativo” do universo; 3- Pesquisa é um estudo ou uma investigação minuciosa ou sistemática a respeito de algum fato ou circunstância para sumarizar ou generalizar a descoberta de fatos relativos à determinada área do conhecimento. A pesquisa pode ser populacional ou amostral, realizada de acordo com alguns métodos ou técnicas que contenha algumas componentes que poderá variar, dependendo do tipo de pesquisa a ser realizada”.
                Isso quer dizer, em outras palavras, pesquisa não quer dizer que a população toda irá se manifestar daquela forma apresentada. Em geral, os candidatos ricos realizam pesquisas para montar sua estratégia eleitoral. Já estão em vantagem por isso. Outras pesquisas são encomendadas pela imprensa. Mas qual imprensa? A mesma que sistematicamente é acusada de defender determinados interesses embora se apresente como ‘isentos’. Ora, sabemos que a mídia tem também os seus 'negócios' e, logo, não apresentará quaisquer noticias que os contrariem.
                Por outro lado, as pesquisas são realizadas por institutos que cobram fortunas e utilizam métodos que podem ser muito manipulados estatisticamente.  Como também aponta o matemático Marcio Ferreira Neto, “As disparidades entre os resultados das pesquisas e os resultados das urnas, tem demonstrado a parcialidade dos institutos de pesquisas em relação a esses resultados, que sempre são divulgados com algum tipo de ingerência no questionamento da pesquisa. A maioria das pesquisas políticas não respeita os princípios da teoria da amostragem estatística, por utilizarem o método da amostragem por quotas, de caráter não probabilístico e pouco sustentável teórica e empiricamente, por não utilizarem regras adequadas e coerentes, sem qualquer cautela ou cuidado, nas suas etapas. As pesquisas eleitorais com ocorrências de erros, falhas e fraudes, além de influenciar substancialmente o processo eleitoral, também causa uma polarização, por não deixar o eleitor totalmente livre, que acaba sendo condicionado (influenciado) a abandonar à sua decisão de votar em certo candidato para votar em outro que aparece à frente nas pesquisas, migrando para um voto útil, porque pretende e quer derrotar outro candidato. Atitude desta natureza constitui-se como uma manipulação do processo eleitoral”.
                Desconfie sempre. Nada é o que parece!



Fonte: artigo acadêmico “ERROS E FALHAS DE PESQUISAS ELEITORAIS E SUAS INFLUÊNCIAS NA DECISÃO DO VOTO DO ELEITOR” de Marcio Ferreira Neto, Licenciado em Matemática pela Fundação Universidade do Tocantins (UNITINS) - Especialista em Matemática e Estatística pela Universidade Federal de Lavras do Estado de Minas Gerais.

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