sábado, 10 de dezembro de 2016

TEMER INCRIMINOU DILMA E PREPAROU GOLPE ANTES DA ELEIÇÃO


           Revelações da delação premiada da Odebrecht  mostram claramente o plano de Temer mesmo antes da eleição de 2014. Ciente da situação desesperada da economia, pressionado pelos grandes empresários e sem concordância quanto ao controle das investigações da operação Lava Jato, Michel Temer deu o ‘pulo do gato’: acordou com o PSDB o controle das investigações. Para tanto, caso Aécio ganhasse, iria manter o compromisso de controlar Justiça (com a qual possui amplas e intensas relações), Policia Federal, o Ministério Público Federal e a Procuradoria Geral da República, esses 2 últimos mais difíceis em virtude da gestão independente de Rodrigo Janot. Caso Dilma vencesse, ela não concordando, a derrubaria. Assim, a possibilidade de retirada de Dilma após o pleito de 2014, foi acertada antes até da contagem das urnas.
         Naturalmente seu plano continha uma enorme pressão ao PT (também profundamente afetado pelos casos de corrupção da Lava Jato), o qual não dando certo partiria para a segunda opção. Incriminou a chapa recebendo recursos de caixa 2 como forma de pressão à Dilma, forjando provas, trabalhando para constranger a presidenta e controlar a Polícia Federal. Desde o começo insistiu para ‘barrar’ as investigações, tendo a adesão de Lula e outros mandatários que também tinham um intimo envolvimento com a família Odebrecht. Não conseguindo, poderia seguir outros 2 caminhos: cassar a chapa que havia recebido recursos escusos ou derrubar por um impeachment.
       Era tão consciente que logo no inicio do mandato indicou para Presidente da Câmara dos Deputados seu fiel escudeiro: Eduardo Cunha. Esse, atolado até o pescoço nos casos de corrupção e ciente que seria denunciando o quanto antes. Como o PT, mesmo tendo alguns que o defendessem, não cedeu a chantagem, Cunha aceitou processo de Impeachment com total orientação de Temer. Agora já preso, Cunha, abandonado pelo seu amigo, foi à desforra: fez perguntas que incriminam Temer, mas impedidas pelo Juiz Sergio Moro, orientado pelo PSDB a blindar o presidente ilegítimo.
          Temer sabia desde o inicio o que significaria essa Delação da Odebrecht. E não à toa, ela veio após um acordo vergonhoso entre a Suprema Corte e a quadrilha instalada que alguns chamam de PMDB. Renan, também recebedor de recursos foi mantido na Presidência do Senado somente e exclusivamente para interromper os planos de aprovação de nova lei de Abuso de Autoridade. Os milhões recebidos pela gangue enriqueceram os principais líderes dessa nossa Republica fracassada. As revelações do executivo Claudio Melo Filho mostram a trama por inteiro, nos mínimos detalhes, tendo negociado para ele e outros corruptos, dentre eles o Sr Paulo Skaf, principal financiador das manifestações pró-Impeachment.
         Ao mesmo tempo, a atitude parcimoniosa e cúmplice da principal Corte desse país à essa tamanha vergonha nacional, prova que da República brasileira, fundada nos marcos da Carta Magna de 1988, nada mais resta. Sejamos realistas, é hora de uma revolução popular!  

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