Revelações da delação premiada da
Odebrecht mostram claramente o plano de
Temer mesmo antes da eleição de 2014. Ciente da situação desesperada da
economia, pressionado pelos grandes empresários e sem concordância quanto ao
controle das investigações da operação Lava Jato, Michel Temer deu o ‘pulo do
gato’: acordou com o PSDB o controle das investigações. Para tanto, caso Aécio
ganhasse, iria manter o compromisso de controlar Justiça (com a qual possui amplas e
intensas relações), Policia Federal, o Ministério Público Federal e a
Procuradoria Geral da República, esses 2 últimos mais difíceis em virtude da
gestão independente de Rodrigo Janot. Caso Dilma vencesse, ela não concordando, a
derrubaria. Assim, a possibilidade de retirada de Dilma após o pleito de 2014, foi
acertada antes até da contagem das urnas.
Naturalmente
seu plano continha uma enorme pressão ao PT (também profundamente afetado pelos
casos de corrupção da Lava Jato), o qual não dando certo partiria para a
segunda opção. Incriminou a chapa recebendo recursos de caixa
2 como forma de pressão à Dilma, forjando provas, trabalhando para constranger
a presidenta e controlar a Polícia Federal. Desde o começo insistiu para ‘barrar’
as investigações, tendo a adesão de Lula e outros mandatários que também tinham
um intimo envolvimento com a família Odebrecht. Não conseguindo, poderia seguir
outros 2 caminhos: cassar a chapa que havia recebido recursos escusos ou
derrubar por um impeachment.
Era
tão consciente que logo no inicio do mandato indicou para Presidente da Câmara
dos Deputados seu fiel escudeiro: Eduardo Cunha. Esse, atolado até o pescoço nos
casos de corrupção e ciente que seria denunciando o quanto antes. Como o PT,
mesmo tendo alguns que o defendessem, não cedeu a chantagem, Cunha aceitou
processo de Impeachment com total orientação de Temer. Agora já preso, Cunha,
abandonado pelo seu amigo, foi à desforra: fez perguntas que incriminam Temer,
mas impedidas pelo Juiz Sergio Moro, orientado pelo PSDB a blindar o presidente
ilegítimo.
Temer
sabia desde o inicio o que significaria essa Delação da Odebrecht. E não à toa,
ela veio após um acordo vergonhoso entre a Suprema Corte e a quadrilha
instalada que alguns chamam de PMDB. Renan, também recebedor de recursos foi
mantido na Presidência do Senado somente e exclusivamente para interromper os
planos de aprovação de nova lei de Abuso de Autoridade. Os milhões recebidos pela
gangue enriqueceram os principais líderes dessa nossa Republica fracassada. As revelações
do executivo Claudio Melo Filho mostram a trama por inteiro, nos mínimos detalhes,
tendo negociado para ele e outros corruptos, dentre eles o Sr Paulo Skaf,
principal financiador das manifestações pró-Impeachment.
Ao
mesmo tempo, a atitude parcimoniosa e cúmplice da principal Corte desse país à
essa tamanha vergonha nacional, prova que da República brasileira, fundada nos
marcos da Carta Magna de 1988, nada mais resta. Sejamos realistas, é hora de
uma revolução popular!
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