Quase um ano após o golpe parlamentar
que destituiu Dilma Rousseff vemos acumular ataques às conquistas que vieram
com a constituição de 1988. A verdade é que a crise capitalista, a maior da
nossa história, desesperou os grandes empresários que capitanearam um conjunto
de reformas políticas e sociais que praticamente retrocedem o nosso país em 50
anos. Temer, o Congresso Nacional e a Justiça não passam de instrumentos das
classes dominantes nessa empreitada.
Naturalmente, a resistência do povo tem crescido. Mas, é bom lembrar que estamos nas ruas
contra essas medidas, não por novos direitos. Não há uma OFENSIVA dos trabalhadores. Aliás, as pequenas conquistas dos
últimos 15 anos, resultados de programas sociais e não de medidas estruturais
de nossa economia, viraram pó. O fato é que em pouco tempo, uma boa parte das
classes exploradas perceberam a situação e, agora, se mobilizam de forma mais
enfática se unindo numa única palavra de ordem: FORA TEMER.
Entretanto,
a história socialista nos ensina que, em política, “é preciso ser
revolucionário e não reformista” (J. Stalin). Nosso país é dominado por grandes
monopólios nacionais e internacionais, possui uma estrutura agrária concentradora,
é totalmente dependente tecnologicamente e, principalmente, o poder estatal é um
satélite dos banqueiros, tendo o capital financeiro completo controle sobre a
política econômica. Alias, essas reformas visam aprofundar esse controle do
mercado financeiro sobre a nação. Ao mesmo tempo, esse projeto não é nem nunca
foi de curto prazo. Os planos hoje implementados são cópias deformadas dos
projetos neoliberais propostos pelos Chicago Boys, responsáveis pela total decadência
da economia norte-americana.
Não
é possível, assim, pensar nosso país como se pudéssemos repetir as medidas
social-democratas que outrora se realizaram. Reeditar um novo ciclo de
crescimento econômico capitalista no Brasil num momento em que a economia
mundial ‘patina’ com o retorno do protecionismo norte-americano e europeu, a
queda do crescimento chinês e a guerra comercial que se anuncia, não passa de
um ‘sonho numa noite de verão’.
A
verdade é que precisamos construir agora, ou pelo menos iniciar, um novo
caminho para os explorados, em particular a classe operária brasileira. 2017
pode ser esse ‘pontapé inicial’. Para tanto, tomar as ruas e realizar greves
são necessidades e exigências do momento. Mas é insuficiente! É URGENTE uma
nova organização política, um instrumento de transformação e coesão dos
trabalhadores conscientes, capaz de realizar uma granítica UNIDADE POPULAR na
base de um programa SOCIALISTA. Sigamos firmes na luta, sigamos unidos, sigamos
no RUMO da REVOLUÇÃO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário