Há anos os EUA e a China estão travando uma guerra ‘silenciosa’
de arsenal bélico e estratégia militar. Os chineses aumentam progressivamente
sua presença no Oriente Médio e os norte-americanos aumentam sua presença
militar no pacifico. Desde janeiro, os ianques deslocaram para a Ásia seu segundo
porta-aviões nuclear, chamado de “John C.
Stennis”, unindo-se a outro porta-aviões denominado “Ronald Reagan” em operação
há mais tempo por lá.
O Mar do Sul da China se tornou
um ponto de disputa entre os países, que aumentou o foco na Ásia-Pacífico sob
o governo do presidente Barack Obama, e a China, que já é o maior poder
econômico, político e militar na região. Segundo o secretário de defesa Ashton Carter,
os EUA não vão tolerar essa mudança forças. Ele afirmou: "Os Estados Unidos continuarão sendo o exército mais poderoso e
principal garantidor de segurança da região por décadas a fio - e não deve
haver dúvida quanto a isso". Qualquer ação por parte da China para
reconquistar território em Scarborough Shoal, área marítima disputada, teria conseqüências,
completou Carter.
Obviamente, os chineses partiram
para a ofensiva. Na cúpula de segurança da Ásia, o almirante Sun Jianguo disse
que a China não será intimidada, incluindo sobre o processo pendente no
tribunal internacional relacionado às reivindicações chinesas na importante
rota comercial. "Não criamos
problemas, mas não temos medo deles", disse Sun ao Shangri-La
Dialogue, em Cingapura, onde mais de 600 autoridades de segurança, militares e
de governos se reuniram durante três dias. "A
China não vai arcar com as consequências, nem permitir qualquer violação em sua
soberania ou seus interesses, ou ser indiferente a alguns países criando o caos
no Mar do Sul da China."
Por outro lado, os chineses investem fortunas para
vencer tecnologicamente os norte-americanos. Em 26 de setembro último, a Xinhua News Agency revelou a criação de
um radar quântico, baseado na detecção de fótons únicos. O radar tem o objetivo
de impedir os jatos stealth (aqueles não detectados por radares comuns) dos EUA, como o F-22. O
tenente-general Wang Hongguang, que se aposentou em 2012, num artigo de opinião
na mídia estatal chinesa Global Times, afirmou “Eu gostaria de sugerir aos americanos que,
quando usarem aviões stealth, é melhor se
manterem longe do continente chinês. Lembrem-se disso! Lembrem-se disso!”
O
Pentágono, órgão central de defesa norte-americana, vem regularmente fazendo
relatórios sobre as novas armas chinesas. Num deles afirmam que a China tem
“desenvolvido uma variedade de sistemas de guerra aérea, marítima, submarina,
espacial, antiespacial e informativa” e visa a “dominar o espectro da
informação em todas as dimensões do campo de batalha moderno”. Os chineses desenvolveram supercamuflagem para tanques terrestres e veículos
anfíbios, um trem superpotente para interligar sua defesa terrestre, um drone invisível
chamado ‘Espada Negra’ (não tripulado) e o J-20, jato de combate e espionagem que ela vem preparando
para eliminar possíveis ameaças. Segundo os detalhes da Popular Science, os
analistas acreditam que esta aeronave tem uma tecnologia em sua carcaça para
que os radares não consigam identificá-la.
Todas essas batalhas, hoje ainda nos ‘bastidores’, são
resultado da enorme guerra comercial e financeira travada entre as duas nações
nos últimos anos. A China, segunda maior potencia econômica do mundo, vem
reduzindo seu nível de crescimento em virtude da recessão mundial com a redução
dos mercadores consumidores. Sabe que precisa de matérias-primas
mais baratas e explorar novos mercados, o que amplia a disputa com os EUA.
Trata-se
do velho imperialismo, o mesmo que levou o mundo a duas grandes guerras e a
morte de milhões de pessoas. Hoje os embates têm sido apenas de demonstrações
de força e estratégia, mas não se sabe por quanto tempo.
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