segunda-feira, 31 de outubro de 2016

GLOBO E TEMER FECHARAM ACORDO BILIONÁRIO PARA CONSOLIDAR GOLPE


       Não é de hoje que as Organizações Globo se envolvem em golpes políticos para defender seus interesses. Apos o golpe de 1964, a empresa sustentou o Regime Militar, sendo um dos responsáveis pelos seus 21 anos de duração. Agora, em 2016, estão sendo revelados os motivos pelos quais uma ampla aliança entre os partidos PMDB, PSDB e DEM e a Família Marinho possibilitou a derrubada do governo de Dilma Roussef.
        Num primeiro momento, no segundo semestre de 2015, a Rede Globo de Televisão duvidava da queda da presidenta Dilma Roussef. Em 3 de agosto, o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, visitou as organizações Globo com o objetivo de convencer a empresa a apoiar o Plano de Temer. Cunha, naquele momento, era enviado do vice-presidente. A conversa, pouco convicente, não rendeu muitos frutos, pois a empresa estava sendo triturada pelas agencias de publicidade que viam cair suas receitas e a vinculação permanente da imagem da Globo nas manifestações anti-Dilma. Prova disso, é que em 7 de agosto num editorial surpreendente a Globo pede a manutenção de Dilma, pois estava sob pressão, especialmente dos bancos privados, que conversavam com os dois lados da disputa. Mesmo assim, a crise financeira se aprofundava. Era apenas um recuo momentâneo. Outro sinal foi, em 16 de agosto, a cúpula do PSDB criticar a cobertura da Globo das manifestações contra Dilma e afirmar que havia uma reaproximação do governo e a empresa.
        O que a Globo necessitava era de um momento mais propicio e um acordo de grande proporção. Na semana anterior, Roberto Irineu Marinho, presidente das organizações Globo havia se encontrado com Michel Temer em Brasília quando estabeleceram de forma precisa o momento no qual passariam à uma ofensiva a depender da decisão de Eduardo Cunha. Embora o então presidente da Câmara não tivesse acertado antecipadamente com os irmãos Marinho o Golpe, ele estava sob muita pressão e aguardava apenas uma decisão de Temer. Ao ser informado que o governo não imporia ao PT a votação no Conselho de Ética, Cunha decidiu aceitar o pedido de Impeachment em 2 de dezembro de 2015. Poucos dias após, um novo encontro foi marcado que selou o apoio da REDE GLOBO de Televisão ao GOLPE. Na ocasião, os irmãos Marinho deixaram claro que a proposta contemplava apenas o vice-presidente, não podendo fazer o mesmo pelo presidente da Câmara. A partir daí a estratégia era forçar a Renúncia de Dilma, não sendo possível, realizar um apoio aberto ao seu Impeachment.
         O acordo espúrio teve então 3 eixos essenciais:
     A primeira era a reorganização acionária da empresa que foi autorizada por DECRETO de TEMER, já interino, no dia 27 de junho. A medida concedia o direito aos herdeiros de Roberto Marinho de transferirem para seus nomes de forma “indireta” as participações acionarias das empresas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Brasília. O objetivo foi claro: permitir o total controle acionário nas empresas através dos filhos bem como a possibilidade de realizarem uma venda da participação dessas a investidores estrangeiros. 
       A segunda era a ampliação das verbas publicitárias do governo para compensar a queda de 6% nas receitas em 2015. Se consideramos a Receita Líquida, a empresa encolheu 15%. Mesmo assim, é bom lembrar que suas aplicações em dólar e o altíssimo juro brasileiro fizeram o Lucro Líquido crescer em 30%. No entanto,  como a ganância não tem limites, a INFOGLOBO, responsável pelo jornal O GLOBO, teve um reajuste de 120% nas verbas. A Editora globo teve aumento de 536%. Outros órgãos de imprensa também tiveram essas benesses de Temer. 
        A terceira é o principal calo da empresa: seu débito com a Receita Federal e a recomposição da sua dívida com credores. Era preciso pagar os débitos nos bancos nacionais e  com a pressão da Receita Federal para renegociação de seu débito que, calcula-se, em R$ 602 milhões. Parte da sonegação era realizada com movimentações em paraísos fiscais de recursos oriundos de direitos de transmissão de jogos da Copa do Mundo e outros eventos. Ora, era necessário um novo governo para repensar toda essa situação. O golpe lhe trouxe um canal aberto e fácil de renegociação particularmente com o BNDES (que possui débitos com juros subsidiados). Fora isso, foi afrouxado o controle da Receita Federal sobre a empresa.
Com isso, estima-se que as Organizações Globo serão presenteadas com valores próximos R$ 1,1 bilhão entre repasses, autorização para reorganização acionaria e renegociação de débitos junto aos Bancos Públicos e Receita até o final de 2018, caso Temer termine o seu mandato.

Os fatos mostram muito claramente que a GLOBO age para defender seus interesses. Quais? Os bilhões de reais, a fortuna da família mais rica do país, a família Marinho. Essa empresa não serve ao Brasil. Golpe e GLOBO tem tudo a ver!

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