Não é de hoje que as Organizações
Globo se envolvem em golpes políticos para defender seus interesses. Apos o
golpe de 1964, a empresa sustentou o Regime Militar, sendo um dos responsáveis pelos seus 21 anos de duração. Agora, em 2016, estão sendo
revelados os motivos pelos quais uma ampla aliança entre os partidos PMDB, PSDB
e DEM e a Família Marinho possibilitou a derrubada do governo de Dilma Roussef.
Num
primeiro momento, no segundo semestre de 2015, a Rede Globo de Televisão duvidava
da queda da presidenta Dilma Roussef. Em 3 de agosto, o então presidente da
Câmara, Eduardo Cunha, visitou as organizações Globo com o objetivo de
convencer a empresa a apoiar o Plano de Temer. Cunha, naquele momento, era
enviado do vice-presidente. A conversa, pouco convicente, não rendeu muitos
frutos, pois a empresa estava sendo triturada pelas agencias de publicidade que
viam cair suas receitas e a vinculação permanente da imagem da Globo nas
manifestações anti-Dilma. Prova disso, é que em 7 de agosto num editorial
surpreendente a Globo pede a manutenção de Dilma, pois estava sob pressão,
especialmente dos bancos privados, que conversavam com os dois lados da
disputa. Mesmo assim, a crise financeira se aprofundava. Era apenas um recuo momentâneo.
Outro sinal foi, em 16 de agosto, a cúpula do PSDB criticar a cobertura da
Globo das manifestações contra Dilma e afirmar que havia uma reaproximação do
governo e a empresa.
O
que a Globo necessitava era de um momento mais propicio e um acordo de grande
proporção. Na semana anterior, Roberto Irineu Marinho, presidente das
organizações Globo havia se encontrado com Michel Temer em Brasília quando
estabeleceram de forma precisa o momento no qual passariam à uma ofensiva a
depender da decisão de Eduardo Cunha. Embora o então presidente da Câmara não tivesse acertado antecipadamente com os irmãos Marinho o Golpe, ele estava sob
muita pressão e aguardava apenas uma decisão de Temer. Ao ser informado que o
governo não imporia ao PT a votação no Conselho de Ética, Cunha decidiu aceitar
o pedido de Impeachment em 2 de dezembro de 2015. Poucos dias após, um novo
encontro foi marcado que selou o apoio da REDE
GLOBO de Televisão ao GOLPE. Na ocasião, os irmãos Marinho deixaram claro que a
proposta contemplava apenas o vice-presidente, não podendo fazer o mesmo pelo
presidente da Câmara. A partir daí a estratégia era forçar a Renúncia de Dilma, não sendo possível, realizar um apoio aberto ao seu Impeachment.
O
acordo espúrio teve então 3 eixos essenciais:
A primeira era
a reorganização acionária da empresa que foi autorizada por DECRETO de TEMER,
já interino, no dia 27 de junho. A medida concedia o direito aos herdeiros de
Roberto Marinho de transferirem para seus nomes de forma “indireta” as
participações acionarias das empresas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,
Recife e Brasília. O objetivo foi claro: permitir o total controle acionário
nas empresas através dos filhos bem como a possibilidade de realizarem uma
venda da participação dessas a investidores estrangeiros.
A segunda era
a ampliação das verbas publicitárias do governo para compensar a queda de 6% nas
receitas em 2015. Se consideramos a Receita Líquida, a empresa encolheu 15%. Mesmo
assim, é bom lembrar que suas aplicações em dólar e o altíssimo juro brasileiro fizeram o Lucro Líquido crescer em 30%. No entanto, como a ganância não tem limites, a INFOGLOBO, responsável
pelo jornal O GLOBO, teve um reajuste de 120% nas verbas. A Editora globo teve
aumento de 536%. Outros órgãos de imprensa também tiveram essas benesses de
Temer.
A terceira é
o principal calo da empresa: seu débito com a Receita Federal e a recomposição
da sua dívida com credores. Era preciso pagar os débitos nos bancos nacionais e
com a pressão da Receita Federal para
renegociação de seu débito que, calcula-se, em R$ 602 milhões. Parte da
sonegação era realizada com movimentações em paraísos fiscais de recursos
oriundos de direitos de transmissão de jogos da Copa do Mundo e outros eventos.
Ora, era necessário um novo governo para repensar toda essa situação. O golpe
lhe trouxe um canal aberto e fácil de renegociação particularmente com o BNDES
(que possui débitos com juros subsidiados). Fora isso, foi afrouxado
o controle da Receita Federal sobre a empresa.
Com isso,
estima-se que as Organizações Globo serão presenteadas com valores próximos R$
1,1 bilhão entre repasses, autorização para reorganização acionaria e
renegociação de débitos junto aos Bancos Públicos e Receita até o final de
2018, caso Temer termine o seu mandato.
Os fatos mostram muito
claramente que a GLOBO age para defender seus interesses. Quais? Os bilhões de
reais, a fortuna da família mais rica do país, a família Marinho. Essa empresa
não serve ao Brasil. Golpe e GLOBO tem tudo a ver!
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