sábado, 10 de setembro de 2016

DE VOLTA AO PASSADO - 100 ANOS EM 10 DIAS!

“O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente...”
Resultado de imagem para luta por jornada de 8 horas 
Manifestação em Chicago, reivindicando jornada de 8 horas


                Em 10 dias de governo, o golpista Michel Temer e seu ministros mostraram a que vieram: um duro ataque à legislação trabalhista. Afirmam modernizar e flexibilizar as relações de trabalho.
 Primeiro, modernizar, um verbo transitivo direto, significa segundo o dicionário Aurélio, “acompanhar as tendências do mundo atual”, “efetuar mudanças, substituindo sistemas, métodos antigos por outros novos”. Bem, está claro que há de fato uma tendência a ataques aos direitos trabalhistas, da França aos EUA, passando por toda a América Latina. É bom lembrar, que a Jornada de Trabalho de 12h já existiu no século XIX, logo não tem nada de novidade. Fora isso, nenhuma tendência é neutra e ela, no momento atual, é resultado da profunda crise vivida pelo sistema capitalista desde 2008. Sempre, quando baixa a rentabilidade do capital, os empresários atacam duramente a remuneração e os direitos dos trabalhadores.
Segundo, flexibilizar para o dicionário Aurélio, significa “afrouxar”, “tornar maleável”. Aqui, significa que as relações de trabalho tornar-se-ão menos ‘rígidas’. Ora, os direitos conquistados pelos trabalhadores não endurecem as relações de trabalho, pelo contrário, ajudam os capitalistas a explorar a baratissima mão-de-obra dos brasileiros. Mas, não basta! O capital, sedento por alta rentabilidade, não tem limites.
Ampliar a jornada é reduzir o pagamento de horas-extras e, segundo outra proposta, pagar por hora trabalhada, é contratar e demitir aleatoriamente, enfraquecendo, inclusive, a representação dos trabalhadores. O sistema de pagamentos por hora existe nos EUA e é acompanhada por uma remuneração 4 vezes maior do que no Brasil fora que lá existem sindicatos muito mais fortes. Agora, eles querem modificar essa ‘tendência’ por lá, garantindo mais segurança e impedindo as demissões.

Vivemos aqui um retorno ao passado longínquo. Os trabalhadores podem ter um imenso retrocesso, rápido e mortal. Essas duas propostas, ampliação de jornada e contrato por hora trabalhada, significam um ataque frontal, absurdo e autoritário às conquistas do povo brasileiro. Sejamos realistas: já é hora de uma verdadeira revolta contra essas medidas. Tomara que nos próximos 100 dias o golpista ministro do trabalho não queira revogar a Lei Áurea e retornar mais 100 anos na nossa história.

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