O 7 de setembro nunca foi tão bem comemorado. As ruas ficaram cobertas de vermelho, verde e amarelo, numa demonstração de que o povo brasileiro continua, a exemplo de sua história, disposto a enfrentar os desafios de um país mais justo e igual.
É verdade que vivemos
um golpe parlamentar promovido por um grupo de bandidos de paletó apoiados
pelos grandes sindicatos empresariais, ruralistas e a rede globo de televisão. É
verdade também que os erros que foram cometidos não devem se repetir. Não é possível
confiar em quem usa e abusa do Estado para manter e ampliar seus privilégios. São
dias difíceis, talvez meses difíceis.
Os golpes desde a proclamação da nossa
república comprovam que as elites não se contentarão com um pouco mais de
justiça social. Não seria de se esperar outra coisa. Ficaram contra a
escravidão quando esta amputava a sociedade brasileira. Foram contra a
Consolidação das Leis Trabalhistas quando os trabalhadores amargavam quase
nenhum direito. Foram contra as Reformas Agrária, Urbana e Educacional e
depuseram um governo legitimo em 1964. A história parece realmente ‘um museu de
grande novidades’!
Temer hoje
carrega o que existe de mais retrogrado na sociedade brasileira: a marca do
golpismo. Tudo para ampliar a rentabilidade dos multimilionários que sempre
estiveram no poder e manter intactos os privilégios à custa do sofrimento da
imensa maioria do povo. Seu governo não passa de uma farsa: ministros acusados
de corrupção, equipe econômica controlada por banqueiros e diplomacia submissa
aos interesses do império norte-americano. Ao mesmo tempo, a justiça continua,
como sempre, cega e o silencio paira no mais massivo aparato de controle social
que o Brasil já viu: a rede Globo.
A esperança
está perdida? Certamente não. As ruas se enchem de novo, já não se pode parar.
Andamos para frente e não para trás. Fechemos um acordo: se não podemos com
eles, fiquemos mais fortes e venceremos. Não recuaremos. Nem um tantinho
assim...
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